O recurso será aplicado no desenvolvimento de um robô semiautônomo para auxílio em atividades de manejo de aviários, pela startup STAC, incubada e condômina no Parque Tecnológico Itaipu.
Na última segunda-feira, 28, a startup STAC, acrescentou mais um marco significativo em sua trajetória: a classificação entre as propostas contempladas no Edital Finep – Tecnologias Habilitadoras, na linha temática em robótica. A conquista assegura o subsídio de mais de R$ 1.1 milhões para o desenvolvimento de um projeto que pretende revolucionar a indústria avícola. Trata-se de um robô semiautônomo com Inteligência Artificial (IA) embarcada, para otimizar o manejo de aves e monitoramento de aviários.
Entre os benefícios dessa tecnologia para os avicultores está a automação de processos, maior produtividade e redução da carga de trabalho. O uso de IA será um dos destaques entre as aplicações do robô, especialmente no estímulo a movimentação das aves no espaço do aviário, sem a necessidade de intervenção humana nesta atividade.
Outra funcionalidade será o monitoramento e emissão de alertas sobre indicadores de temperatura, qualidade e umidade do ar, contribuindo para o melhor desenvolvimento das aves, que demandam condições térmicas específicas em cada fase de crescimento.
Para tornar todas essas tecnologias viáveis, a startup contou com suporte integral do Parque Tecnológico. A proposta da STAC, submetida ao Edital Finep, incorporou as competências do Centro de Tecnologias Aplicadas para o desenvolvimento tecnológico dos sistemas de automação e controle com IA. Essa colaboração foi enfatizada pelo avaliador da proposta como um grande mérito, uma vez que estabelece uma sinergia significativa entre uma Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) e o progresso tecnológico em curso na startup.
Para o diretor de negócio e empreendedorismo do Parque Tecnológico Itaipu, Eduardo de Miranda, esse é mais um resultado importante da atuação da instituição no fomento à inovação e ao desenvolvimento das startups que compõem seu ecossistema.
“Além de apoiar empreendedores a tirarem suas ideias do papel, o PTI possui uma alta capacidade na geração de valor às soluções tecnológicas e serviços prestados pelas startups graças ao ambiente único que reúne o conhecimento acadêmico, inovação, empreendedorismo, competências tecnológicas e parceiros de alto nível que podem contribuir, estimular e buscar oportunidades de novos negócios e investimentos”, declarou Miranda.
De acordo com o CEO da STAC, Mahuan Abdala, o projeto financiado pela FINEP vem ao encontro dos propósitos da empresa na busca por inovações e novas soluções para o setor. Neste caso, oferecendo uma tecnologia que potencializa a atividade, reduzindo o esforço de mão de obra e proporcionando maior qualidade de vida ao produtor ao mesmo tempo que impacta positivamente em seus resultados produtivos e financeiros.
“A parceria com o PTI vem de longa data, onde já executamos vários projetos de inovação em conjunto. O ecossistema incentiva o apoio a inovação ao mesmo tempo que proporciona oportunidades para nos mantermos sempre em busca de fornecer soluções exclusivas a nossos clientes”, finalizou Mahuan, ao enfatizar a importância do Parque Tecnológico na consolidação da startup.
O projeto, atualmente em fase de protótipo, deve passar por uma série de testes e validações em condições reais de uso, alcançando o Nível de Prontidão Tecnológica 7 (TRL 7), ou seja, o estágio em que uma tecnologia já passou por testes bem-sucedidos em ambientes simulados, aproximando-se da sua aplicação comercial ou industrial.
Sobre a STAC
Idealizada durante as aulas de empreendedorismo na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e, atualmente, ancorada no ecossistema de inovação do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), a STAC tem como objetivo tornar eficiente a gestão de aviários por meio do uso de ferramentas de monitoramento.
Sobre o Edital FINEP
O Edital Finep – Tecnologias Habilitadoras é uma iniciativa que busca financiar projetos voltados para o desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias inovadoras em diferentes áreas. Através desta ação, a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) oferece recursos para impulsionar projetos que explorem tecnologias habilitadoras, como robótica, inteligência artificial, internet das coisas e outras áreas de ponta. O objetivo é fomentar a pesquisa e desenvolvimento de soluções tecnológicas que tenham potencial para transformar setores da indústria e da sociedade, promovendo a inovação e a competitividade do país.