O Programa do Centro de Tecnologias Abertas e IoT do PTI-BR tem gerado economia para Itaipu e evitado emissões de poluentes na atmosfera
O Programa de Mobilidade e Compartilhamento Inteligente na Itaipu Binacional (SmartMob) deve expandir a sua frota de veículos elétricos em 2021, o que vai gerar mais economia para a Usina e evitar ainda mais as emissões de poluentes na atmosfera do Planeta.
Até dezembro de 2020, existiam 19 veículos elétricos (Renault Twizy) na frota da Itaipu Binacional que estavam sendo operados de forma compartilhada e monitorados pela plataforma MoVE. A estimativa é de que tal frota garantiu uma economia de pelo menos R$ 30 mil em combustíveis, já que são veículos 100% elétricos. Além disso, pelo menos 21 toneladas de dióxido de carbono deixaram de ser emitidos na atmosfera, considerando que o monitoramento iniciou em março de 2018.
Para 2021, a expectativa é de que a frota monitorada seja expandida, através dos modelos Renault Zoe e Fluences. Na primeira entrega do projeto, serão habilitados o uso compartilhado em mais de 40 veículos alocados nos pools setoriais da Itaipu, que possibilitará uma melhor gestão dos carros, bem como prover rastreabilidade de utilização.
“Para a Divisão de Transportes, responsável pela coordenação do sistema na Itaipu, a percepção é de uma ação extremamente exitosa. O compartilhamento inteligente facilita o acesso aos veículos, moderniza sua utilização, além de permitir melhora na gestão da frota compartilhada”, disse Cassiano Ricardo Emer, gestor de frotas da Divisão de Transportes da Itaipu Binacional.
Monitoramento em tempo real
Todos esses dados referentes a economia e emissão de poluentes foram coletados através de uma plataforma, desenvolvida pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR), que consegue monitorar em tempo real esses veículos elétricos.
“A plataforma se baseia na quilometragem que já foi rodada com os veículos elétricos e comparamos com utilitários leves a combustão. Assim, conseguimos ter uma estimativa de emissões de dióxido de carbono evitadas pelos ativos de mobilidade da Itaipu que são monitorados”, explica o engenheiro eletricista, Helder Vinicius Scherer do PTI.
Essa plataforma, que funciona desde 2018, também consegue identificar o motorista, a distância percorrida, o número de viagens, entre outras informações que permitem o controle da frota.
Oportunidade para negócios
Segundo o gerente do Centro de Tecnologias Abertas e Internet das Coisas (IoT) do Parque Tecnológico, Willbur Rogers de Souza, a expertise aplicada no projeto é excelente para futuros negócios.
“O sistema de monitoramento dos veículos compartilhados está servindo de vitrine para municípios que desejam ter ou já tenham uma frota de veículos elétricos compartilhados. É o reflexo das cidades cada vez mais sustentáveis”, explicou Willbur.
Exemplos disso são os projetos VEM DF e VEM PR (Veículo para Eletromobilidade). Em Brasília, foi lançado em 2019, utilizando 16 veículos elétricos controlados por um modelo semelhante ao software de sharing utilizado na Itaipu. Em Curitiba, foi lançado em 2020 pelo Governo do Paraná, que recebeu dez carros elétricos modelo Zoe, da Renault.
Em ambos os projetos, também foram instalados pontos de recarga que podem ser utilizados de forma gratuita pela população, visando incentivar a aquisição de veículos elétricos.
Premiação
Recentemente, o PTI-BR conquistou, com este projeto, o prêmio World Summit Awards (WSA) edição 2021, etapa nacional, na categoria Assentamentos Inteligentes e Urbanização. A solução de compartilhamento e monitoramento de veículos elétricos foi anunciada na premiação que aconteceu durante a realização da Digitalks Expo 2021, o principal evento de negócios da economia digital e tecnologia. E agora segue para a etapa mundial.