IEC são instalações, serviços, bens e sistemas cuja interrupção ou destruição, total ou parcial, provocará sério impacto social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade, necessitando, com isso, de medidas especiais de proteção. Por isso, em meados de 2013, a Itaipu, anfitriã do 1º Seminário sobre Proteção de Infraestruturas Críticas, colocou-se na vanguarda, juntamente com o Exército Brasileiro e outras instituições, assinando um protocolo de intenções voltado para estudar a viabilidade de criação de um centro que viesse a abrigar estudos sobre segurança e que contemplasse um laboratório de eletrônica, comunicações e cibernética.
Para dar respostas a tal desafio, o Exército Brasileiro, a Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec criaram o Centro de Estudos Avançados em Proteção de Estruturas Estratégicas (Ceape²), que abriga, atualmente, um Laboratório de Segurança Eletrônica, de Comunicações e Cibernética (Lasec²) e está desenvolvendo um Laboratório de Segurança Cibernética (LaSC).
Ressalta-se que o tema segurança cibernética e as soluções tecnológicas decorrentes ganham, a cada dia mais, protagonismo diante do incremento de equipamentos digitais suscetíveis aos ataques, seja pela presença de malware residentes ou pelas intervenções executadas por agentes mal-intencionados.
Trata-se em atualizar, capacitar e aperfeiçoar profissionais da Itaipu e Itaipu Parquetec por intermédio da realização de cursos, participação em eventos e seminários. Promoção de encontros temáticos e apresentações nos temas segurança da informação e segurança cibernética.
Voltado aos Centros de Execução de Projetos do Parque, com o propósito de planejar, estruturar, assim como promover ações educacionais, formais ou não, nas temáticas de atuação do Itaipu Parquetec.
Promoção de discussões do tema segurança, com ênfase a proteção cibernética, com outras infraestruturas críticas (IEC), de modo a compartilhar ideias e resultados, por intermédio de encontros temáticos, tais como, seminários, workshop, palestras. Destaca- se, nesta atividade, o IV Seminário Internacional de Defesa Cibernética realizado em 2015.
Desenvolvimento de capacidades tecnológicas para acompanhar cenários institucionais e cibernéticos, alertando oportunamente a respeito das possibilidades de ameaças, de vulnerabilidades ou de incidentes.
desenvolvimento de projetos de pesquisa científica e tecnológica por meio da cooperação com instituições governamentais e instituições de ensino, voltadas à inovação e ao desenvolvimento de tecnologias e implantação e operação dos laboratórios do SC.DT.
Fruto de cooperação técnico e financeira tripartite, firmado em 2015, pela a Itaipu, o Itaipu Parquetec e o Exército Brasileiro, voltado para a segurança física de infraestruturas críticas e, também, para o incremento da segurança cibernética da ITAIPU, que abriga o Laboratório de Simulação Cibernética (LaSC) e o Laboratório de Segurança Eletrônica, de Comunicações e Cibernética (Lasec²).
Em desenvolvimento conjunto por técnicos do Instituto Militar de Engenharia (IME), da Itaipu e do Itaipu Parquetec, trata-se de ambiente de simulação hardware-in-the-loop em tempo real de sistemas elétricos ciberfísicos, contemplando dispositivos físicos industriais que representam infraestruturas críticas na área de Sistemas Elétricos e de Potência e de Tecnologia de Automação, com foco na inserção de malwares e na contaminação cibernética de ambientes industriais. Possui um Simulador Digital em Tempo Real RTDS®, cujo emprego da plataforma possibilita modelar computacionalmente sistemas elétricos reais oriundos de usina geradora de energia elétrica, submetendo equipamentos de proteção e controle ao ensaio de modelo em tempo real e em malha fechada.
Desenvolvido por técnicos do Itaipu Parquetec, com o apoio do Comando de Defesa Cibernética, trata-se ambiente de emprego de Rede Simulada ICS/SCADA – Projeto ABELHA, com dashboard apresentando dados atualizados em tempo real, de modo a identificar e estudar ameaças cibernéticas voltadas aos sistemas industriais, permitindo a análise do comportamento e fluxo de dados nos ambientes monitorados.
De propriedade do Exército e instalado no Ceape², vem sendo utilizado para possibilitar a obtenção da consciência situacional, por intermédio de cartas disponíveis no Banco de Dados Geográficos do Exército (BDGEx), do arruamento – presente no servidor de mapas do sistema – e das imagens de satélite acessadas via internet. Em testes o seu emprego para o acompanhamento de ações de segurança e em análise sua utilização para a sincronização de ações de contingência.