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Itaipu e parceiros apresentam projeto para incrementar agricultura familiar no Paraná e Mato Grosso do Sul

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A medida visa melhorar as práticas agrícolas, para reduzir a poluição e o risco de assoreamento do reservatório

Diretores da Itaipu Binacional, do Itaipu Parquetec e do Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI) apresentaram nesta quarta-feira (15) o detalhamento do projeto “Expansão das ações de assistência técnica e extensão rural” (Expansão ATER), que beneficiará famílias de agricultores do Paraná e de 35 municípios do Mato Grosso do Sul. O projeto é resultado de um convênio firmado entre as três instituições, por meio do Programa Itaipu Mais que Energia, e tem validade de dois anos – três meses para estruturação e o restante para execução. As atividades têm como foco a agricultura orgânica e a agroecologia.

Participaram da apresentação representantes de organizações que atuam no apoio a agricultores familiares, como a Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), União de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), das superintendências do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) no Paraná e no Mato Grosso do Sul e, ainda, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária nos dois estados. Também prestigiou o evento o deputado federal Elton Welter.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, destacou a importância do convênio, já que, segundo ele, a agricultura tem um papel fundamental para conter o assoreamento do reservatório da Usina, ao evitar a emissão de resíduos. “Investir na agricultura familiar, em especial, que está presente nos 434 municípios do nosso território de atuação (399 do Paraná e 35 no Mato Grosso do Sul), implica em desenvolver curva de nível, em assistência técnica e, principalmente, na transição para a agricultura orgânica”, explicou Verri. Com assistência técnica e extensão rural, com inovação tecnológica e mudanças gerenciais, “a gente consegue preparar o pequeno agricultor para que possa produzir mais, sem atingir o meio ambiente e sem emitir gases do efeito estufa”, prosseguiu o diretor-geral.

“Dois alvos”

Verri destaca que “a essência, o objetivo principal mesmo, sempre, de qualquer investimento feito por Itaipu, é a manutenção do reservatório, para a usina continuar produzindo energia. Só que a gente pode fazer isso de uma forma conservadora, apenas cuidando ali da região, ou de uma maneira mais ousada, conservando e mantendo a produtividade da água, melhorando a vida das pessoas. Então nós fazemos os dois: miramos um alvo e atingimos dois. O primeiro, fundamental, que é a manutenção do reservatório, e o segundo, melhorando a renda das pessoas, fazendo a transição da agricultura para o orgânico”.

O diretor de Coordenação de Itaipu, Carlos Carboni, lembrou que a missão de Itaipu é ajudar no desenvolvimento do Brasil e do Paraguai, sem deixar de lado a questão ambiental. Ele diz que, com o convênio, os produtores terão uma assistência técnica de qualidade, articulada com as ações do Governo Federal, por meio da ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural), o que vai garantir mais renda para as famílias, “independentemente da atividade em que atuam, seja na produção de grãos, na bacia leiteira, na criação de aves ou suínos. Itaipu contribuirá para que, em 2030, haja maior produção orgânica, com alimentos de qualidade, em especial para a alimentação escolar”.

Trabalho coletivo

A atuação do Itaipu Parquetec no projeto, segundo o diretor-superintendente, Irineu Colombo, será no sentido de garantir a inovação multidisciplinar, com o trabalho de agrônomos, administradores, contabilistas e, ainda, com o uso das ferramentas tecnológicas. “No Paraná, no Mato Grosso do Sul, onde for a área de atuação, teremos grupos organizados de produção, que vão construir coletivamente junto com os agricultores”.

Uma das entidades beneficiadas diretamente pelo projeto é a Cooperativa da Agricultura Familiar de Foz do Iguaçu (Coaffoz). A diretora, Luci Andreghetti dos Santos, afirmou que a expectativa com o projeto era grande. “Nós estávamos bem ansiosos por esse momento, para saber como se vai trabalhar, como vai funcionar a ATER. Nós estamos muito necessitados dessa parceria, que, para a agricultura familiar, faz toda a diferença”.

É uma opinião semelhante à de Antonio Paulo Ribeiro, da Associação dos Produtores Orgânicos de Dourados, no Mato Grosso do Sul. “Quando a gente recebeu esse convite, nós pensamos, ‘opa, agora é o nosso momento, vamos poder ampliar o nosso trabalho e consumir, de fato, a questão da assistência técnica’”, afirmou. Ele disse ainda que a expansão do trabalho de Itaipu nos 35 municípios do Estado está sendo importante para “mitigar aquele impacto que interfere diretamente na água do Rio Paraná, provocado, por exemplo, pelos rios Amambaí e Ivinhema”.

Benefício duplo

O gerente da Divisão de Ação Ambiental da Itaipu, Ronaldo Juliano Pavlak, a exemplo do que foi explicado pelos diretores de Itaipu, detalhou que há dois objetivos principais: a questão da segurança hídrica e o aproveitamento da água do reservatório, com qualidade. “A assistência técnica aos agricultores e as práticas agrícolas adequadas vão garantir que haja menos eutrofização (poluição) e também menor assoreamento do reservatório. Já para os agricultores, eu garanto que eles terão maior qualidade nos produtos, uma redução de custos de produção e uma melhoria no incremento de renda deles. Com isso, há um ganho dos dois lados”, concluiu.

Texto: Imprensa/Itaipu Binacional

Fotos: Sara Cheida/Itaipu Binacional

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