A FIciencias iniciou na segunda-feira, 08, e segue com sua programação até sexta-feira, 12.
Três alunos do curso Técnico em Mecânica (Ensino Médio Integrado) do Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus Paranaguá (PR), desenvolveram um protótipo de higienizador automático de corrimãos. O trabalho está sendo apresentado e avaliado na categoria “Engenharia” da 10ª edição da Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (FIciencias), que divulgará os projetos vencedores na sexta-feira, 12.
O equipamento, que está sendo desenvolvido pelos estudantes Matheus Felipe Santos da Silva, Laura Karine Heredia Vieira e Vitor Augusto Gomes Mattar, funciona com dois robôs, em formato de carrinho, que se encaixa no corrimão e funciona a partir de um sensor de aproximação que aciona o dispositivo para movimentar e borrifar a superfície com álcool.
“O protótipo foi feito a partir de um Arduino, que é uma placa de prototipagem eletrônica de código aberto e de baixo custo. O mecanismo de funcionamento é similar ao do para-brisa do Fusca. Muitas tentativas foram feitas até chegarmos nesse modelo, que deu certo. Estamos felizes por todo o esforço empenho da equipe e, com isso, conseguindo participar dessa edição da FIciencias”, disse Matheus.
Uma das motivações desse projeto foi contribuir para o desenvolvimento de novas soluções que atuem na prevenção e no combate ao Covid-19.
Metodologia Hands On
Segundo o orientador do projeto, o professor Rafael Rogora Kawano, o grande desafio foi fazer esse projeto se desenvolver em um período de pandemia onde os laboratórios do IFPR estavam fechados.
“Foi uma experiência de muito aprendizado para os alunos e para mim também. Tivemos que aprender a trabalhar a distância, a comunicação entre todos teve que ser mais intensa para finalizar o protótipo. Queríamos muito participar da FIciencias e valeu a pena todo o esforço”, explicou o professor.
A estimativa de Kawano é que o primeiro protótipo comece a ser testado em dezembro no próprio campus da IFPR, em Paranaguá. “A vantagem é a rapidez de higienização que esse equipamento permite. Nossa ideia é expandir esse projeto para outros ambientes”, disse.
Para Andréa Pavei Schmoeller, coordenadora geral da FIciencias, um dos objetivos da feira é estimular o interesse dos alunos nas ciências e, ao mesmo tempo, contribuir para a resolução de problemas concretos.
“A FIciencias vem ajudando, há 10 anos, a despertar o interesse pela ciência, tecnologia e inovação nas escolas, através da metodologia hands on, na qual o aluno é o protagonista e o desenvolvedor da aprendizagem, em atividades onde é necessário colocar a mão na massa para construir produtos ou protótipos que resultem em soluções criativas para os problemas cotidianos”, afirmou Andrea.